Pra ter boas ideias basta juntar uma galera, todos bem dispostos,
sóbrios, focados e acordados, certo? Não necessariamente.
Rodrigo Rezende, colunista da revista Galileu, foi mais à fundo no
“insight”, que seria a ideia “mágica” que surge na nossa cabeça, e munido de diversos estudos e cientistas, diz
que a criatividade é amiga dos distraídos e sonolentos.
“Pode parecer
estranho, mas ajo segundo a ciência. De acordo com descobertas recentes é
exatamente numa situação como essa que é mais provável ter ideias
inovadoras. Foco, concentração extrema, reflexão solitária? Esqueça. Se
você está em busca da ideia genial, é hora de rever seus conceitos. A fórmula
para o insight pode estar onde você menos imagina.
ACRIVIDATIDE
Mas o que é um insight? Para tentar entender,
vamos provocar um agora mesmo dentro de sua cabeça. Está vendo estas letras
aqui: ULIGALE? Tente organizá-las para formar uma palavra. Se você entendeu o
título aí em cima, já está craque nisso. Segundo Jonah Lehrer, autor do recente
livro Imagine: How Creativity Works (Imagine: Como a Criatividade Funciona —
ainda sem tradução para o português), existem dois métodos possíveis para
resolver esse problema. Um deles é examinar, letra a letra, quais são as
sílabas mais prováveis. E depois rearranjá-las até que surja uma palavra. O
outro? Boa pergunta. A palavra simplesmente surge, como que por mágica, na sua
mente. É o insight.
Em uma pesquisa
divulgada em fevereiro deste ano, a cientista americana Mareike Wieth colocou
428 estudantes grogues de sono para resolver dois tipos de problema: questões
analíticas e enigmas criativos. Ao contrário do esperado, o desempenho
dos sonolentos foi igual ao de estudantes sem sono nas contas matemáticas. Já
nas questões criativas, a surpresa foi ainda maior: a performance melhorou em
até 50%. Já um estudo publicado este ano pela Universidade de Illinois (EUA)
usou pessoas alcoolizadas (0,075 de concentração alcoólica no sangue) para
resolver problemas criativos. Resultado: o desempenho melhorou em 30%.”
Fonte: Revista Galileu
Leia toda a reportagem:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI314406-17579,00.html