E também é nosso papel como designers buscar pela acessibilidade, e que o usuário consiga realizar de forma adequada as tarefas com um determinado produto. É interessante ver que o estudo do design e a acessibilidade precisam ser pensados até na construção de livros.
Um dos destaques do III Fórum Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social realizado na Feira do Livro de Porto Alegre, Fernanda – que é ela própria portadora de Síndrome de Down – explica o que se pode fazer para para transformar os livros em objetos mais acessíveis, e como a produção editorial pode incluir aqueles que possuem necessidades especiais.
E os exemplos são diversos: pensar a gramatura do papel para que ele não se danifique caso precise ser manipulado por uma ferramenta especial, um clipe de arame que possa manter o livro aberto, a escolha da fonte, dos padrões de alinhamento e os limites do texto melhores aplicados para ajudar alguém com dificuldades visuais, e muito mais.
O livro elaborado pela designer possui ainda uma espécie de sobrecapa, que possibilita que ele fique apoiado de pé, numa inclinação de 20º. Um método já bem interessante que promove maior acessibilidade.
A publicação ainda não possui editora, e nasceu do mais sincero e nobre sentimento: a autora gostaria de, através do amor que ela própria possui pelos livros, ajudar outras pessoas. E foi para isso que ela cursou design gráfico: para criar o guia, e tornar o livro algo ainda mais libertador, para mais pessoas, que poderão, através de suas páginas especiais, superar qualquer limite.
Baseado no Hypeness.
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